Controle Financeiro

Banco digital é seguro? Descubra os principais recursos de segurança e proteção disponíveis

Equipe Conta Azul Equipe Conta Azul | Atualizado em: 31/07/2023 | 16 mins de leitura

Sobre o que estamos falando?

  • As contas digitais só crescem no Brasil e, a cada ano, o número de bancos digitais e seus clientes fica maior;
  • Com serviços gratuitos, cartão de crédito sem anuidade, cashback, recompensas e isenção de tarifas, a oferta das contas digitais é atrativa e, muitas vezes, oferece mais vantagens do que os bancos tradicionais;
  • Os bancos digitais são regulamentados pelo Banco Central do Brasil da mesma forma que os bancos tradicionais. No entanto, o cliente tem papel fundamental na segurança da sua conta, já que todos os serviços e transações se dão por meio do seu celular pessoal.

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A tecnologia vem revolucionando os hábitos das pessoas em busca de mais praticidade e rapidez. Da mesma forma como hoje já não nos imaginamos mais vivendo sem as facilidades do celular, como aplicativos de mensagem e delivery, cada vez mais se popularizam os bancos digitais.

Porém, muita gente ainda se sente insegura com essa novidade e se pergunta se o banco digital é seguro.

A principal vantagem desse tipo de conta é não cobrar tarifas, indo na contramão dos grandes bancos tradicionais, além de oferecer mais facilidade na abertura de conta, aprovação de cartão de crédito, entre outros benefícios.

Confira tudo sobre esse tipo de serviço para entender se é mesmo confiável e aprender estratégias para se manter sempre protegido!

Uma mulher acessa seu banco digital através do smartphone. Ela também segura um cartão de crédito.

Banco digital é seguro?

O Brasil já é o país com o maior número de contas digitais do mundo, segundo uma pesquisa feita pelo Finder e divulgada pela Tecmundo.

O estudo mostra que 43% dos brasileiros possuem uma conta digital e o mercado de banco digital cresce exponencialmente no país, com previsão de chegar a 57% da população até 2027.

Por conta da ausência de tarifas, facilidade de acesso a serviços e possibilidade de fazer investimentos com maior rendimento, entre outras vantagens, podemos ver que a popularidade das contas digitais já é muito grande e tende a crescer.

Mas entre todas essas questões, uma sempre acaba impactando muita gente: será que banco digital é seguro mesmo? 

No Brasil, os bancos digitais precisam ser regulamentados pelo Banco Central (e essa informação pode ser acessada no próprio site do BC) assim como os bancos tradicionais, conquistando a aprovação da instituição federal e sendo frequentemente supervisionados.

Isso significa que todos os bancos, digitais ou não, precisam adotar medidas de segurança para proteger os seus clientes. Afinal, mesmo os bancos tradicionais possuem sites e aplicativos de smartphone.

Confira a seguir como os bancos digitais podem atuar para aumentar sua segurança!

Leia também: Conta digital para empresas: o que você precisa saber

Quais são as principais tecnologias que os bancos digitais usam para serem seguros?

Os bancos digitais investem muito em tecnologia para preservar a segurança digital de seus clientes.

Todos os bancos, digitais ou não, também precisam obrigatoriamente zelar pela proteção de dados de seus correntistas, seguindo as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Recursos como biometria, reconhecimento facial, autenticação com o envio de documentos e selfies, tokens, notificações em tempo real sempre que uma transação é realizada, cartão virtual, criptografia e autenticação de dois fatores são alguns exemplos disso:

Criptografia

A criptografia serve para proteger informações sensíveis e sigilosas, como documentos, dados pessoais, trocas de mensagens etc. 

Antigamente, o uso de códigos era um tipo de criptografia. No meio digital, a criptografia usa algoritmos matemáticos para proteger essas informações. Empresas como bancos digitais usam sistemas de criptografia em seus aplicativos e sites para proteger os dados dos seus clientes.

Tokens

Os tokens, muito utilizados por bancos, são senhas temporárias que funcionam como uma autenticação de dois fatores (também chamada de verificação em duas etapas). Você precisa já estar logado no sistema com o uso de uma senha, ou seja, já existe uma etapa de segurança ativa, mas vai precisar usar também o token para completar a transação.

Confirmando sua identidade, o sistema te envia então um código temporário que deve ser inserido para liberar a atividade. Isso dificulta bastante o acesso por terceiros e fraudes.

Biometria e reconhecimento facial

Essas tecnologias também funcionam como uma verificação em duas etapas e são mais complexas do que as senhas com números, letras e demais caracteres, porque é preciso que a pessoa dona do aparelho esteja fisicamente presente para poder desbloqueá-las.

 Afinal, é preciso usar sua digital para validar a biometria e o seu rosto para validar o reconhecimento facial. São bloqueios muito mais difíceis de fraudar, por isso são bastante utilizados pelos bancos digitais para o acesso aos seus aplicativos.

Envio de documentos

A maioria dos bancos digitais exige que o cliente envie fotos de documentos reais como RG, carteira de motorista e comprovante de residência, além de tirar uma selfie na hora para provar sua identidade e poder abrir uma conta.

Cartão Virtual

O cartão virtual deve ser utilizado para compras online, carteira digital com o pagamento pela aproximação do celular, assinaturas de serviços de streaming etc. Esse recurso é oferecido e incentivado pelos bancos digitais porque, caso aconteça alguma compra suspeita e seja preciso fazer o bloqueio do cartão, é muito mais fácil gerar um novo.

Dessa forma, o cliente não tem que esperar o cartão físico de plástico chegar até a sua casa e ser desbloqueado. Basta cancelar o atual e rapidamente gerar um novo direto no aplicativo. Assim, o recomendado é usar o cartão físico apenas para compras presenciais com uso de maquininha.

Notificações

As notificações em tempo real ajudam muito na segurança dos bancos digitais porque avisam o cliente sempre que uma transação é realizada, como Pix, compra no cartão de débito e crédito, pagamento de conta etc. Dessa forma, a pessoa será avisada imediatamente do ocorrido e saberá caso alguma ação tenha sido feita por outra pessoa na sua conta.

Quais são os riscos de uma conta digital?

O banco digital não possui agência, ou seja, não há um local físico com atendimento presencial.

É preciso ter internet para que os aplicativos e sites dos bancos digitais funcionem e, em alguns casos, a oferta de caixas eletrônicos disponíveis para operações como saques e depósitos é bem mais restrita do que a dos bancos tradicionais, principalmente em cidades menores.

Voltando ao serviço de saque, alguns bancos digitais cobram taxas para essa operação — pois utilizam serviços terceirizados para viabilizar o uso do caixa eletrônico, como os caixas 24 horas, que atendem várias bandeiras, e casas lotéricas. Essa é uma desvantagem dos bancos digitais contra os bancos tradicionais.

O atendimento ao cliente também é uma questão: nem todo banco digital possui atendimento por telefone e o cliente pode se frustrar com o atendimento via chat, que muitas vezes passa por várias etapas realizadas por bots de inteligência artificial antes de chegar a um atendente humano.

O atendimento por e-mail também pode ser demorado e acabar incomodando o correntista, já que não há a opção de telefonar ou visitar uma agência para pedir ajuda pessoalmente.

Segurança digital

Também é preciso avaliar os riscos de segurança no meio digital, que impactam todo tipo de banco, mas são especialmente preocupantes no caso dos bancos digitais por afetarem diretamente os seus serviços e operações.

Os tipos mais comuns de ameaça à segurança digital têm como objetivo roubar dados sensíveis, como número de cartão de crédito, senhas, CPF, endereço etc. Por isso, o vazamento de dados deve ser a principal preocupação.

Para evitar cair nesse tipo de golpe, é preciso usar senhas fortes e trocá-las com certa frequência, habilitar a autenticação de dois fatores, biometria e reconhecimento facial e jamais compartilhar suas informações pessoais com desconhecidos. Lembre que os bancos não vão entrar em contato por e-mail, mensagem ou ligação pedindo seus dados.

Os ataques virtuais também incluem:

Phishing

O phishing é a prática de envio de mensagens e-mails falsos, fingindo se passar pelo banco para enganar o cliente. Esses comunicados parecem muito com os verdadeiros do banco, pois os bandidos usam o logo, imagens, linguagem, cores, endereço de e-mail, tudo muito semelhante aos oficiais da marca. 

Por isso, tenha muito cuidado ao receber e-mails e mensagens que peçam seus dados e não clique em nenhum link suspeito. Além do e-mail, isso é especialmente importante no WhatsApp e SMS. Fique ligado!

Vírus

Ao clicar em um link suspeito ou instalar um aplicativo desconhecido no seu celular, mesmo joguinhos, você pode acabar sofrendo com vírus como malware, ransomware etc. Esses vírus conseguem acessar informações no smartphone e funcionar como espiões para os hackers, vigiando tudo o que a pessoa faz no celular e até copiando senhas.

Invasão de rede Wi-Fi

Uma rede de internet sem segurança pode ser acessada por terceiros e invadida por criminosos. Por isso, é preciso evitar usar os bancos digitais se estiver conectado à redes Wi-Fi públicas. Afinal, pela rede de internet também é possível roubar e vazar dados.

SIM Swap

Popularmente conhecido como “clonar celular”, o golpe do SIM Swap é feito pelo chip do telefone, o SIM card.

Quando o bandido clona o chip, ele consegue entrar no telefone da vítima e acessar seus aplicativos, incluindo os dos bancos digitais, além de ter acesso a mensagens, WhatsApp, Instagram etc. 

Dessa forma, ele pode aplicar uma série de golpes, como pedir dinheiro a familiares, conseguir senhas de banco, fazer PIX, entre outros.

Para se proteger, habilite a autenticação em dois fatores, mas não por SMS! Afinal, ao clonar seu chip, o hacker terá acesso aos torpedos.

Use a verificação em duas etapas por e-mail ou, melhor ainda, por token, com serviços como o Google Authenticator e Microsoft Authenticator.

Também é importante reforçar a senha do e-mail e colocar senhas para abrir aplicativos como o próprio e-mail e o WhatsApp. Dessa forma, mesmo invadindo seu telefone, será impossível abrir os apps.

Por fim, não se esqueça de ativar as senhas PIN e PUK do seu chip SIM. Esses códigos funcionam para proteger o acesso ao chip. Primeiro usa-se o PIN e, em caso de erros, o PUK é pedido. Se errar o PUK muitas vezes, o chip é bloqueado — parecido com o que acontece com o cartão de crédito quando a pessoa erra a senha depois de três tentativas.

Os códigos PIN e PUK são pedidos pelo sistema toda vez que o chip é colocado em um novo aparelho, para desbloquear o uso do SIM card. Em caso de SIM Swap, com a clonagem, o sistema vai entender que o chip está sendo colocado em um celular novo e exigir essas senhas.

Segurança física

E se acontecer de o seu celular ser roubado? Essa é uma das principais preocupações no uso de bancos digitais, afinal, todas as suas transações dependem do aplicativo do banco pelo seu smartphone! Siga as dicas abaixo.

Boletim de Ocorrência (BO)

A primeira coisa a se fazer em caso de roubo ou furto de celular é registrar um BO na polícia. Você pode fazer isso na delegacia eletrônica – serviço disponibilizado por alguns municípios brasileiros que agiliza bastante o processo – ou na delegacia física presencial. 

Com o BO, os órgãos de segurança pública e os bancos serão informados do roubo ou furto e, caso o bandido tente fazer alguma transação pelo aparelho, vão saber que não foi você.

Logins e senhas

Troque todas as suas senhas pelo computador ou usando um outro celular. Isso vale para e-mails, redes sociais, banco digital, serviços de streaming como Netflix e Spotify. 

Também dá para se deslogar de todos os dispositivos pelo site desses serviços, garantindo que sua conta no aparelho roubado não conseguirá ser acessada pelos bandidos. Mesmo que ele consiga entrar no aplicativo, não vai mais abrir direto a sua conta.

Dados sensíveis armazenados

Nunca deixe suas senhas anotadas no celular em aplicativos como bloco de notas ou em trocas de mensagens. Também não deixe armazenadas fotos ou prints de cartões de débito e crédito, sejam eles físicos ou virtuais.

Dificultando o acesso

Coloque senha, reconhecimento facial e biometria para desbloquear o celular e também os aplicativos, dificultando o acesso de terceiros mesmo que estejam com seu telefone em mãos.

IMEI

Deixe o IMEI do seu celular anotado em um local seguro e escondido dentro da sua casa! O IMEI é o código de identificação do seu aparelho, que vem na caixa original do smartphone. Se você não tem a embalagem, pode descobrir o IMEI fingindo que vai fazer uma ligação e digitando *#06# no campo de chamada.

Com o código IMEI, é possível solicitar o bloqueio do telefone na sua operadora. E atenção: em alguns casos, aparelhos que possuem dois chips podem ter dois IMEIs.

Serviço de localização e eliminação de arquivos

É possível ainda localizar e bloquear o aparelho celular roubado por meio dos serviços “Buscar iPhone”, da Apple (para sistemas iOS); e “Encontre meu dispositivo”, do Google (para sistemas Android). Para usar este recurso, é preciso informar a senha de desbloqueio do celular.

Tanto o Google quanto a Apple também oferecem um serviço que permite deletar arquivos do celular à distância, apagando dados como fotos e vídeos, documentos baixados (PDFs, músicas etc.). 

Outras empresas, como a chinesa Xiaomi e a coreana Samsung, também oferecem soluções semelhantes. Apagar os arquivos do celular é importante para que seus dados e imagens pessoais não possam ser acessados por terceiros.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

Outra preocupação comum é saber se guardar dinheiro em bancos digitais é seguro. E a resposta é: depende!

Para saber se o banco é confiável, seja ele digital ou não, antes mesmo de abrir sua conta verifique se a instituição é integrada ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 

Esse fundo do Banco Central protege os correntistas para que, em caso de falência do banco, o dinheiro seja bloqueado para garantir que os clientes recebam de volta até R$ 250 mil por CPF.

Nem toda instituição financeira conta com essa proteção, então, fique atento! Você pode conferir esse dado no site oficial do FGC.

Dicas de segurança para a conta digital

Mesmo que os bancos digitais sejam seguros e façam sua parte investindo em várias ferramentas e tecnologias para preservar os dados e o dinheiro de seus correntistas, é muito importante que o cliente também tome a iniciativa e entenda que é igualmente responsável por isso.

Afinal, os bancos digitais funcionam no smartphone das pessoas, e é preciso que o cliente habilite todas as funcionalidades de segurança oferecidas, além de tomar cuidado com roubos, golpes, fraudes, vazamento de dados etc.

Confira algumas dicas práticas para fazer sua parte e manter sua conta digital protegida:

  • Não invista mais do que R$ 250 mil reais em apenas um banco, seja ele digital ou não. Como explicamos acima, esse é o teto do valor garantido pelo FGC em caso de falência da instituição financeira;
  • Use senhas fortes e troque-as com frequência para dificultar o acesso ao aplicativo e a permissão de transações;
  • Não anote suas senhas no celular nem no computador e não as compartilhe com ninguém;
  • Não use os serviços dos bancos digitais em redes de internet pública, como Wi-Fi de shoppings, aeroportos, cafeterias etc.;
  • Fique sempre de olho no seu extrato e na sua fatura de cartão de crédito e comunique imediatamente o banco caso veja alguma transação suspeita;
  • Faça compras online usando cartão virtual, seja em sites ou aplicativos;
  • Considere desabilitar o pagamento por aproximação do seu cartão físico de débito e/ou crédito;
  • Habilite a proteção de acesso ao app para que o sistema exija senha, reconhecimento facial ou biometria para abrir;
  • Diminua seu limite de cartão de crédito e Pix;
  • Desconfie de mensagens, e-mails e ligações pedindo informações bancárias ou dados pessoais;
  • Não clique em links suspeitos ou que estejam fora do aplicativo ou site oficial do banco;
  • Tenha diferentes senhas para diferentes coisas. Evite, por exemplo, usar a mesma senha do seu e-mail para os serviços do banco;
  • Instale antivírus no seu computador e habilite o token para usar o internet banking;
  • Cuidado com os aplicativos que for baixar em seu celular! Alguns deles podem conter vírus que permitem a invasão aos serviços dos bancos digitais;
  • Instale firewall em seu navegador de internet para se proteger de golpes em sites suspeitos;
  • Se sofrer roubo ou furto, não demore para fazer o boletim de ocorrência e entre em contato com seu banco digital imediatamente para bloquear o acesso ao app, deslogar de todos os aparelhos e bloquear todos os seus cartões, inclusive os virtuais.

Os bancos digitais podem ser uma verdadeira mão na roda para te ajudar a organizar suas finanças pessoais e empresariais.

Agora que você já viu como usar as contas digitais de forma segura, é hora de aprender a fazer a gestão das suas finanças de forma eficiente para que seu negócio possa crescer.

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