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Como garantir sua segurança digital: dicas para proteger sua privacidade online

Equipe Conta Azul Equipe Conta Azul | Atualizado em: 24/07/2023 | 12 mins de leitura | ← voltar

Sobre o que estamos falando?

  • Segurança digital é o ato de proteger dados, redes, sistemas, programas — ou seja, todo e qualquer ambiente digital;
  • É preciso evitar ataques para que não haja vazamento de dados, vírus, bloqueio do funcionamento de um site (como um e-commerce), roubo de senhas, perfis em redes sociais, entre outros;
  • Com segurança digital, também é possível evitar golpes e fraudes que utilizem extorsão para conseguir dinheiro ou informações confidenciais estratégicas para o negócio.

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A segurança digital é a proteção de dados, redes, sistemas e programas de ataques virtuais, como o vazamento de informações sensíveis, vírus, golpes por e-mail,, invasão de redes sociais ou aplicativos.

Ao mesmo tempo em que a tecnologia abriu um mundo de possibilidades e oferece muita praticidade e rapidez (como o uso de serviços bancários direto de casa, sem precisar ir pessoalmente a uma agência), ela também demanda segurança.

Continuando na analogia do banco, a segurança digital seria então, na esfera online, a mesma coisa que os seguranças, portas giratórias, detector de metais, senhas, biometria etc.

Saiba como se manter protegido a seguir!

O que é segurança digital?

Segurança digital é a proteção de redes, programas, sistemas, sites, aplicativos e dados contra ataques virtuais.

Provavelmente você já viu alguma vez no noticiário um caso de vazamento de dados sensíveis, como endereços de e-mail e números de CPF, quando um site é atacado e invadido por hackers.

Isso é um exemplo de ataque virtual e, para que não aconteça, é preciso investir em proteção digital e educação — afinal, usuários bem informados sabem proteger melhor seus dados e acessos, não vão clicar em qualquer link suspeito que receberem por e-mail ou mensagem, farão senhas mais fortes, entre outras medidas que podem evitar o acesso dos hackers.

Leia também: 6 opções de melhores bancos digitais para empresas

Qual a diferença entre segurança digital, segurança da informação e cibersegurança

Quando falamos de segurança digital, é comum que se confunda esse conceito com a segurança da informação e a cibersegurança. Afinal, todos os nomes são parecidos e se referem à segurança no mundo virtual.

No entanto, são três coisas distintas, como vamos explicar melhor abaixo. Você já viu que a segurança digital é a proteção de sistemas, redes e dispositivos, como celulares e computadores. Agora, aprenda mais sobre:

Segurança da Informação

A segurança da informação está ligada diretamente à segurança digital, apesar de não serem exatamente a mesma coisa.

Tudo o que fazemos no mundo digital depende da troca de informações, e é preciso proteger os dados enviados e recebidos. A segurança da informação entra aí para resguardar essa troca de dados.

A criptografia do WhatsApp, por exemplo, evita que as conversas sejam invadidas e vazadas por terceiros, e é um tipo de segurança da informação.

Programas de autenticação, como os tokens dos internet bankings ou apps de acesso à área administrativa de sites, também são exemplos de segurança da informação.

Cibersegurança

Este conceito é mais amplo e significa tomar medidas contra toda e qualquer ameaça online, seja ela de segurança digital ou de segurança da informação. 

A cibersegurança é, portanto, uma ideia mais ampla de proteção a qualquer risco digital, podendo ser usada contra, além dos ataques que apresentamos acima, a disseminação de fake news, espionagem, entre outros.

Continue lendo para conhecer quais são os golpes e meios mais comuns para se atacar empresas no âmbito virtual.

Quais são os tipos de ataques digitais mais comuns no mercado? 

Os tipos mais comuns de ameaça à segurança digital têm como objetivo roubar dados sensíveis, como número de cartão de crédito, senhas de banco, CPF, endereço e acesso à caixa de e-mails.

Os golpes têm como objetivo final a conquista de dinheiro por meio de extorsão, ameaça, chantagem, calúnia (quando o bandido finge se passar por alguém e pede dinheiro emprestado a familiares da pessoa, por exemplo) ou mesmo por meio da invasão de contas.

Dessa forma, pode-se conseguir transferências em dinheiro, compras online usando o cartão de outra pessoa como forma de pagamento, crime de falsa identidade, entre outros.

Nas empresas, deve-se também prestar atenção a dados confidenciais, evitando, por exemplo, o vazamento de dados dos clientes. Esse assunto ficou ainda mais delicado depois da chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de 2018, que pode acarretar multas de até 50 milhões de reais.

Há ataques que visam especificamente roubar dados como e-mails e números de telefones da base de clientes de uma empresa.

Também é preciso proteger informações estratégicas para o negócio, como a abertura de novos pontos, o lançamento de novos produtos, fluxo de caixa, rendimentos e lucros.

Um outro golpe que tem infelizmente se tornado comum é atacar o sistema das empresas para que elas não possam funcionar, paralisando o trabalho e impactando toda a prestação de serviços ou venda de produtos e prejudicando diretamente o negócio e seus clientes. Imagine ter seu e-commerce tirado do ar!

Vamos listar abaixo os nomes técnicos de alguns dos principais golpes virtuais para que você saiba identificá-los e preveni-los:

1. Malware

Esse é um dos tipos mais comuns de vírus de computador. É um software — ou seja, um programa criado para ser instalado no aparelho — sem que o dono se dê conta. Assim, terceiros conseguem acessar todo tipo de informações e causar danos, podendo até inviabilizar de vez a máquina.

É o famoso vírus “cavalo de troia” dos anos 2000, que pode vir escondido em um outro download que o usuário tenha feito conscientemente. Por isso, é muito importante tomar todo o cuidado com o que se instala no computador.

2. Ransomware

Parecido com o malware, é um outro tipo de programa, ou software, feito para a aplicação de golpes. Mas, ao invés de causar prejuízos ao sistema do computador, ele é usado para chantagem.

Com o ransomware, é possível dominar o acesso ao computador ou a algum sistema, bloqueando o acesso do usuário real e cobrando por um resgate para devolvê-lo.

O pior de tudo é que, em muitos casos, mesmo pagando o resgate não é garantido que a pessoa vá mesmo conseguir voltar a acessar seu computador, sistema ou arquivos.

Esse tipo de golpe já foi aplicado em grandes empresas, como Renner e Serasa Experian e até mesmo o Ministério da Saúde.

3. Phishing

O phishing consiste em enviar e-mails falsos copiando a comunicação oficial de empresas, usando itens como: o logo, nome da marca e cores do branding.

Nem sempre o e-mail suspeito cai na caixa de spam e, como imita muito bem algumas fontes confiáveis, pode facilmente enganar seu destinatário.

Quem recebe acaba acreditando e compartilhando dados pessoais sensíveis, como número da conta, senhas, dados de cartão de crédito, data de nascimento.

Muitos e-mails de phishing também contam com links clicáveis que levam o usuário a baixar programas com vírus ou entrar em sites fraudulentos que possam roubar seus dados.

4. Engenharia social

Da mesma forma que o ransomware, o objetivo da engenharia social é aplicar um golpe para extorquir pessoas e empresas. No entanto, sem, necessariamente, usar um software para isso.

O golpe força a vítima a realizar pagamentos e/ou vazar informações confidenciais e é muito usado contra empresas para a conquista de dados estratégicos.

5. Backdoor

Esse tipo de ataque permite que o hacker espione e acompanhe toda a atividade que o usuário faça em seus dispositivos depois de instalar um tipo de programa no computador ou no celular sem a pessoa perceber. É um tipo de espionagem feita remotamente, a distância.

O criminoso também consegue tomar o controle do sistema e se passar pela pessoa, invadindo por exemplo sua conta de e-mail, perfis de redes sociais, página do banco etc.

Uma das formas mais comuns de instalação de backdoor é quando a pessoa clica em um link suspeito e permite a instalação sem nem perceber. Por isso, é preciso tomar muito cuidado antes de clicar em qualquer coisa, tendo certeza de se tratar de um site confiável e seguro.

6. Invasão de rede Wi-Fi

Se a sua rede de internet Wi-Fi tiver uma senha fraca, ela pode facilmente ser acessada por terceiros. 

O problema disso é que, se uma pessoa mal intencionada conseguir usar a sua rede de internet, é possível aplicar vários tipos de golpes digitais, como o roubo e o vazamento de dados.

Em uma empresa, essa ameaça se torna ainda mais perigosa. Com a adoção do trabalho remoto, portanto, é preciso educar os colaboradores e proteger a rede para que seja privada e exija senha para se conectar.

Também é importante instruí-los para sempre usarem senhas fortes em todas as redes Wi-Fi, seja em casa, seja no escritório, além de habilitar a autenticação de dois fatores e não compartilhar o acesso com qualquer pessoa.

Qual a importância da segurança digital para as empresas?

Você deve estar se perguntando qual é o objetivo da segurança digital para as empresas.

Como pudemos ver acima, ações de proteção digital podem evitar que o site da sua empresa fique fora do ar, que dados sensíveis dos seus clientes e do seu negócio sejam vazados e que os computadores da empresa sejam prejudicados. Elas também garantem que sistemas essenciais para o funcionamento da empresa rodem normalmente.

Além de evitar problemas financeiros e de produção ou prestação de serviços, a segurança digital também preza pela credibilidade e imagem do negócio, além de preservar a integridade dos seus clientes ao manter seus dados seguros.

É importante também entender a dimensão do problema: segundo um relatório da Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, o Brasil é o segundo país mais atingido por ataques digitais na América Latina, tendo sofrido 100 bilhões de tentativas de golpes desse tipo apenas no ano de 2022.

Quais são os tipos de segurança digital que existem hoje? 

Existem inúmeros tipos de segurança digital, que vão desde o treinamento dos colaboradores até a instalação de antivírus e o uso de senhas fortes.

Na parte de dispositivos eletrônicos, é importante que todos exijam desbloqueio com senhas e, se possível, autenticação em dois fatores, que fornece uma segunda camada de segurança na hora de fazer login.

Dessa forma, terceiros não conseguirão sequer desbloquear o celular ou o computador da empresa, inviabilizando o uso do dispositivo.

Os computadores corporativos também precisam ter alguns bloqueios como firewall e anti pop-ups para evitar que a pessoa acesse sites suspeitos.

Dicas de segurança para proteger seu negócio

Agora que você já sabe por que a segurança digital é importante e conhece quais são os ataques mais comuns, é importante descobrir também como ter uma boa segurança digital para proteger a sua empresa.

Confira algumas dicas abaixo:

  • Eduque e treine constantemente a sua equipe para que todos saibam como agir, evitando que caiam em golpes, cliquem em links suspeitos ou permitam a instalação de sistemas desconhecidos;
  • Siga a LGPD e proteja os dados dos seus clientes. Para isso, use todas as formas possíveis de dificultar o acesso a bancos de dados, como colocar senhas para abrir planilhas, autenticação de dois fatores para o acesso a sistemas de CRM etc.;
  • Instale antivírus em todos os computadores da empresa;
  • Troque todas as senhas regularmente, mas mantenha seu padrão de dificuldade e força;
  • Não use redes de Wi-Fi públicas, como em cafeterias e aeroportos;
  • Faça backup periodicamente para garantir o registro das informações da empresa;
  • Salve documentos em nuvem e exija senhas para que sejam acessados;
  • Evite o uso de pendrives e outros dispositivos que possam ser perdidos com arquivos importantes e informações confidenciais;
  • Habilite a autenticação em dois fatores sempre que possível.

Agora que você já entendeu sobre as principais ameaças virtuais e como se proteger delas, está preparado para dar um passo adiante quando o assunto é uso da tecnologia.

Ela certamente é uma das grandes aliadas do empreendedor e traz benefícios como automatização de tarefas manuais que tomam tempo e facilidade na gestão de diversas áreas do seu negócio, incluindo o controle financeiro. 

Inclusive, por meio de sistemas digitais, você pode obter dados que o ajudarão a projetar gastos e controlar o orçamento da empresa. Acesse nosso conteúdo e descubra como alcançar a previsibilidade financeira através da tecnologia!

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