Gestão do Negócio

O que é holocracia e quando isso faz sentido para a sua empresa

Vinicius Roveda Vinicius Roveda | Atualizado em: 26/01/2024 | 6 mins de leitura

Como funciona a holocracia

Tomar decisões rápidas e assertivas para responder ao que acontece lá fora é a melhor maneira de proteger nosso negócio para aqueles que trabalham aqui, para nossos clientes e investidores. Para alcançar esse patamar, seguimos, na ContaAzul, os princípios da holocracia e aplicamos uma metodologia ágil de trabalho.

O que é holocracia

Holocracia é uma maneira de conduzir organizações substituindo o poder gerencial hierárquico pela distribuição da autoridade entre times multidisciplinares, nos quais cada profissional tem um papel definido e claro. O conceito foi concebido pelo empreendedor americano Brian Robertson, que fundou a organização Holocracy junto com Tom Thomison.

Em vez de cargos imprecisos e inflexíveis, autoridade delegada, organograma engessado e políticas que desincentivam mudanças, a holocracia propõe papéis dinâmicos, autoridade distribuída, rápida mudança de estrutura nas equipes e regras transparentes.

Ou seja, nada do modelo do assistente respondendo ao analista, que se delega ao gerente, que obedece ao diretor, que se submete às ordens do dono. No lugar dessa estrutura, são formadas equipes com profissionais de várias áreas, reunidos em torno de um objetivo em comum.

Apesar de a holocracia ser uma metodologia licenciada, qualquer um pode se aproveitar do seu princípio mais importante, a descentralização das tomadas de decisão. Claro que não estamos falando de caos completo, e sim de aproveitar essa nova maneira de enxergar a empresa, organizando-se da maneira que for mais conveniente para alcançar os objetivos desejados.

Gestão 3.0

Na ContaAzul, praticamos o que é conhecido como gestão 3.0. É uma metodologia de inovação, liderança e gestão, cuja proposta mais arrojadas está na redefinição da responsabilidade de liderança e gestão: é dever do time trabalhar em conjunto para encontrar a maneira mais eficiente de atingir os objetivos do negócio.

Isso acontece por meio do empoderamento de times. Montamos equipes multidisciplinares, compostas por engenheiros, analistas de negócio, designers, analistas de dados e profissionais de marketing. Cada time é responsável pela execução do projeto do início ao fim, mirando as metas do negócio.

No modelo tradicional, cada profissional se concentra na realização de pequenas tarefas, como se elas fossem o objetivo em si. Em nossos times, o foco principal é nos resultados e, para alcançá-los, uma tarefa pode ser cancelada, adiada ou ter seu escopo alterado, sempre que a equipe julgar que essas mudanças são necessárias. Os colaboradores estão sempre ligados ao propósito de cada ação, muito mais do que nas pequenas tarefas a serem executadas.

Liderança pessoal x estratégica

Para quem sempre trabalhou em empresas com um organograma fixo e bem definido, esses conceitos podem parecer estranhos à primeira vista. Afinal, a hierarquia não existe por acaso. A lógica é dar suporte a um sistema em que os mais experientes e qualificados tomam as decisões e orientam os demais – o que, em alguns casos, até funciona e dá bons resultados.

Mas o mercado é dinâmico e a organização também precisa ser. Para responder a novos desafios, as empresas precisam se reinventar, e metodologias como a holocracia e a gestão 3.0 são caminhos possíveis para estimular a inovação aliada ao resultado.

Só que você pode estar se perguntando: como garantir que os times trabalhem focados nas metas sem um controle hierárquico? A nova dinâmica requer indivíduos que equilibrem autonomia com capacidade de agir em equipe, que possam trabalhar de forma a acompanhar mudanças repentinas sem perder o alinhamento com os objetivos do negócio.

Uma das formas de garantir a autonomia necessária é separar a liderança estratégica da liderança pessoal. Na maioria dos times, o líder estratégico não tem posição hierárquica. Isso garante que todos os envolvidos questionem, duvidem e participem ativamente da elaboração das estratégias.

O líder estratégico precisa convencer o time de que aquele é o melhor caminho a ser seguido. Paralelamente, existe um líder de pessoas, que ajuda o time a manter o melhor desempenho possível e os indivíduos a evoluírem na carreira.

Cultura baseada em valores

Para que os colaboradores entendam mais rapidamente os objetivos e alcancem um alto desempenho com mais facilidade, a ContaAzul faz questão de que eles absorvam totalmente os valores da empresa e, mais do que isso, ajudem uns aos outros a incorporar esses valores. Em outras palavras, os embaixadores da cultura organizacional são os próprios funcionários.

Uma das práticas que facilitam essa dinâmica é a imersão, na qual o novo Azul (profissional recém contratado) é detalhadamente informado dos valores da empresa. São eles:

Somos nível mundial

Com criatividade e inovação, buscamos estar à frente. Sempre com o foco em resultados, entregamos informações relevantes para que o empreendedor possa tomar a decisão certa e alcançar o sucesso.

O caminho pode ser divertido

Trabalhamos em um ambiente que inspira criatividade e bom humor. Os desafios são enormes e os enfrentamos com esforço aliado à diversão.

Entregamos uma experiência UAU

Entregar experiência UAU é ir além das expectativas. É deixar sem palavras e surpreender positivamente a todo instante. Ser UAU é antecipar o momento e mostrar além do esperado.

Somos um time

Juntos somos mais fortes. No dia a dia nossos times se apoiam para alcançar grandes resultados. Buscamos sempre entregar sucesso ao nosso cliente com uma experiência inovadora.

A holocracia faz sentido para a sua empresa?

Conduzir uma empresa é uma missão complexa, e novos desafios surgem a cada dia. Repensar dinâmica das nossas equipes com as práticas que expus aqui foi a maneira que encontramos para responder a esses desafios.

Mas é claro que não há uma fórmula pronta, que serve para qualquer empresa. Se o seu negócio tem um modelo simples e tradicional, com poucos funcionários e sempre funcionou bem desse jeito, ótimo.

O importante é estar aberto a novas maneiras de organizar as equipes. No nosso caso, julgamos que usar a gestão 3.0 é a melhor maneira de chegar a uma experiência UAU, pois superar as expectativas do nosso público é um de nossos objetivos.

Então, se você acha que sua empresa precisa de uma dinâmica diferente para inovar, conquistar uma nova fatia do mercado e, assim, crescer, quem sabe o caminho é investir em times multidisciplinares, seguindo os princípios da holocracia.

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