[Fórmula] Ponto de equilíbrio financeiro, econômico e contábil: o que é e como calcular

Sobre o que estamos falando?

  • A empresa atinge o ponto de equilíbrio no momento em que recebe a quantia necessária para pagar todas as suas contas dentro de um período;

  • Também conhecido como break even point, indica que o negócio não ficará no prejuízo no intervalo de tempo considerado;

  • O ponto de equilíbrio financeiro ou contábil não é um valor objetivo, mas sim de referência do que a empresa quer ultrapassar. Entenda como fazer o cálculo.

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O ponto de equilíbrio é um conceito que pode confundir muitos empreendedores. Isso porque, normalmente, equilíbrio é uma palavra associada a aspectos positivos - mas aqui, significa algo neutro. 

Na prática, quer dizer que, em determinado momento, sua empresa não está com prejuízo, mas também não está lucrando. Contudo, atingir o ponto de equilíbrio é essencial para a saúde financeira do negócio. O que entrar depois disso, é lucro. 

Existem ao menos três tipos: financeiro, econômico e contábil. Descobrir suas diferenças ajuda a tomar decisões mais assertivas e lucrativas. Continue lendo para tirar todas as dúvidas sobre o assunto. Boa leitura! 

Confira os tópicos:

Ponto de equilíbrio fórmula

O que é ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é quando a receita total da empresa é exatamente igual à soma de custos e despesas. Ele é calculado para saber quanto é preciso vender para bancar as operações sem ter prejuízo.

Também conhecido como break even point, é um valor de referência administrativa para saber se o negócio está em déficit ou superávit. Quando a saída de dinheiro bate diretamente com a entrada, sabemos que atingimos esse ponto almejado

Já quando a receita está abaixo do ponto de equilíbrio, significa que a empresa gasta mais do que arrecada. Da mesma forma, quando ultrapassa essa referência, cada centavo é lucro.

Saiba como calcular a margem de lucro de um produto e da empresa

Diferenças entre o ponto de equilíbrio financeiro, contábil e econômico

O ponto de equilíbrio contábil é bastante utilizado por ser mais simples. Nele, divide-se o valor dos custos e despesas fixas pela margem de contribuição. O resultado é a receita necessária para igualar os gastos. Entenda como é calculada a margem de contribuição aqui. 

Há duas variações do ponto de equilíbrio contábil. A primeira é o ponto de equilíbrio financeiro, no qual são excluídos dos custos fixos a depreciação dos ativos e outras despesas não desembolsáveis. 

Isso porque algumas empresas, em seus balanços anuais, incluem a depreciação como custo – por exemplo, se têm um ativo que valia R$ 100 e agora vale R$ 70, esses R$ 30 perdidos entram na lista de custos ou despesas da empresa.

Perceba que essa diferença é ignorada, pois o que importa são os gastos que representam um desembolso de dinheiro do caixa da empresa.

A outra variação é o ponto de equilíbrio econômico, no qual o custo de oportunidade é acrescido à soma. Trata-se de uma correção monetária a ser considerada junto com as despesas fixas.

O raciocínio é o seguinte: se o empreendedor não investisse na empresa, ele poderia aplicar o seu dinheiro em um investimento que renderia, por exemplo, 15% ao ano. O ponto de equilíbrio econômico considera essa margem, ou seja, você só “empata” quando pagar as despesas e tiver uma remuneração compatível ao percentual que o dinheiro renderia parado no mercado financeiro.

Se você está em dúvida sobre qual tipo de ponto de equilíbrio calcular para sua empresa, entre em contato com seu contador. Ele é o profissional mais indicado para orientar o empreendedor nesse momento. 

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Como calcular o ponto de equilíbrio

Para encontrar o resultado do ponto de equilíbrio, primeiro você precisa apurar dois fatores:

Calcule as despesas fixas e a margem de contribuição

A fórmula do ponto de equilíbrio considera a proporção entre as despesas fixas e a margem de contribuição. Isso significa que, antes de ensinar o cálculo do break even point, vamos explicar os valores que serão usados.

Despesas fixas

Aqui, você vai considerar o custo que tem para manter a empresa em operação, seja qual for a sua produção. Isso inclui o aluguel do escritório ou ponto de venda, salário dos funcionários, água, luz e gás, materiais de escritório, higiene e limpeza, serviços de limpeza, manutenção e segurança. 

O que não entra nesse cálculo são os seus gastos com os produtos que serão revendidos ou matéria-prima para a produção, impostos sobre as vendas e comissão dos vendedores. Esses custos já estão embutidos no preço de venda do produto.

Margem de contribuição

A margem de contribuição é o ganho bruto sobre as vendas. Além de ser útil para encontrar o ponto de equilíbrio, ela costuma ser usada para calcular o preço de venda dos produtos.

Você soma os custos de produção (produtos ou insumos comprados do fornecedor) e as despesas variáveis (impostos sobre vendas e comissão dos vendedores) e acrescenta, sobre o resultado, o valor da margem de contribuição.

Esse excedente servirá, em primeiro lugar, para pagar as despesas fixas da empresa e, depois, para o lucro. 

Confira  também: Precificação: saiba tudo sobre o assunto e estratégias para precificar

Aplique a fórmula

O cálculo mais usado para chegar ao ponto de equilíbrio é muito simples. Você vai somar as despesas fixas do seu negócio e dividi-las pela margem de contribuição. A fórmula é essa:

Ponto de equilíbrio = Despesas fixas / margem de contribuição

No caso do ponto de equilíbrio financeiro, é só desconsiderar a depreciação e outros gastos não desembolsáveis na hora de apurar o montante correspondente às despesas fixas.

Já no ponto de equilíbrio econômico, você acrescenta, a essas despesas, um percentual. Por exemplo, se as despesas são de R$ 50 mil em um ano e você define o custo de oportunidade como 15% desse valor, os custos fixos totais serão de R$ 57,5 mil.

Como você viu, o ponto de equilíbrio é quando as receitas igualam as despesas e não há lucro, e que a margem de contribuição é o valor usado para pagar as despesas fixas e o lucro.  

A partir daí, é possível concluir que, quando a margem de contribuição for igual aos gastos fixos, a empresa está no seu ponto de equilíbrio.

Mas não é por aí que se aplica a fórmula que você acabou de aprender. A margem de contribuição é usada na forma de percentual. Um exemplo: se você gasta R$ 10 para produzir o seu produto e o vende por R$ 13, a sua margem de contribuição é de R$ 3, que equivale a 23% do preço de venda.

Portanto, o primeiro passo a ser tomado é diminuir o custo de produção médio do preço de venda médio dos seus produtos, encontrando a margem de contribuição, e transformar o resultado em percentual. Depois, esse percentual deve ser transformado em um número decimal, para aplicar no cálculo. Isso quer dizer que 23% vira 0,23, assim como 30% viraria 0,3 e assim por diante.

Agora, vamos aplicar tudo isso em um exemplo. Queremos descobrir qual é o ponto de equilíbrio de uma empresa que gasta R$ 50 mil anualmente para seguir operando, e cuja margem de contribuição é de 23%. Vamos ao cálculo:

Despesas fixas = R$ 50.000,00

Margem de contribuição = 23%

Ponto de equilíbrio = Despesas fixas / margem de contribuição

PE = 50.000 / 0,23

PE = 217.391,30

O que isso quer dizer? Que, com esse resultado, para manter a empresa sem ter prejuízo, você precisaria de uma receita bruta de pelo menos R$ 217.391,30 no ano.

Ponto de equilíbrio fórmula

O ponto de equilíbrio é a base para os outros cálculos

Atingir o ponto de equilíbrio e, depois, ultrapassá-lo para obter lucro, só é possível através de um bom controle financeiro da empresa. O break even point é essencial para estabelecer estratégias, mas o negócio precisa estar organizado financeiramente. 

O primeiro passo é contar com as ferramentas certas que permitam o registro e o controle de todas as movimentações financeiras. Somente assim o empreendedor tem uma visão geral das finanças do negócio para tomar boas decisões.

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