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Vendas no cartão de crédito: vale a pena?

Equipe Conta Azul Equipe Conta Azul | Atualizado em: 26/01/2024 | 13 mins de leitura

Sobre o que estamos falando?

  • Antes de oferecer novos meios de pagamento, é indispensável conhecer as vantagens e desvantagens de cada um;

  • Quando o assunto são as vendas no cartão, a atenção deve ser redobrada por conta dos detalhes que envolvem essa modalidade;

  • Confira aqui se vale a pena apostar no cartão de crédito e tome a melhor decisão para seu negócio.

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Mesmo com tantos meios de pagamento disponíveis no mercado, o cartão de crédito ainda está entre os mais populares entre os clientes, tanto pela praticidade quanto pela segurança. 

Mas, se você não faz vendas no cartão, saiba que é preciso entender muito bem as vantagens e desvantagens antes de adotar esse método de pagamento. Isso porque a forma de recebimento pode impactar a gestão financeira da empresa.

Neste conteúdo, entenda como funciona a venda no cartão de crédito, confira os prós e contras e descubra se vale ou não a pena apostar nessa modalidade. Boa leitura!  

Neste artigo, você vai ver:

Vendas no cartao vale a pena

Prós e contras das vendas no cartão de crédito

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), em setembro de 2022 o pagamento via cartão de crédito cresceu 25% em relação ao ano anterior. 

Sim, são muitas pessoas usando essa forma de pagamento.Mas, como apontamos, é preciso entender todo o processo antes de apostar nessa modalidade.

Ainda que outros empreendedores tenham optado por vender no cartão, esse meio de recebimento pode não ser adequado ao perfil de seu negócio. O primeiro passo para saber por qual caminho seguir é analisar as razões para apostar ou não nessa estratégia.

Vamos lá!

Vantagens da venda no cartão

Vamos começar listando as vantagens que você pode ter ao permitir que os clientes paguem as compras com cartão de crédito.

  • Maior satisfação e comodidade, já que é possível comprar hoje e pagar na data de vencimento do cartão;  

  • Crescimento nas vendas, pois oferecer mais uma modalidade para pagamento pode atrair mais clientes e, como consequência, o faturamento também aumenta;

  • Mais facilidade no controle de recebimentos, uma vez que as operadoras de cartão apontam um prazo certo para enviar os valores; 

  • Elimina a necessidade de oferecer crediário próprio;  

  • Transferência do risco de inadimplência às operadoras;

  • Ganho em segurança, na comparação com dinheiro e cheque;

  • Possibilidade de oferecer serviços adicionais na maquininha.

Desvantagens da venda no cartão

Agora vamos ver o outro lado da moeda e refletir sobre algumas das razões que podem desestimular essa estratégia:

  • Dependendo da maquininha, além do pagamento das taxas por cada transação, há outros custos mensais;

  • Existências de tarifas para venda no crédito à vista e outras maiores para vendas parceladas;

  • As taxas são assumidas, obrigatoriamente, pelo empreendedor, que não pode repassar ao cliente mudando preços.

  • Tende a aumentar a necessidade de capital de giro, devido ao maior prazo para receber;

  • Para solicitar valores antecipados, os custos costumam ser mais altos.

  • Apesar de ser um meio mais seguro para clientes e empresas, pois elimina a necessidade de trabalhar com dinheiro vivo, o cartão de crédito também está sujeito a fraudes.

Vender no cartão de crédito: analisando alguns números do mercado

Olhando para essas listas de prós e contras, a primeira impressão é que vender no cartão é bom para o seu cliente e para sua empresa, embora as tarifas se tornem mais um custo variável.

Afinal, talvez compense pagar as taxas das maquinetas para ter o benefício do aumento da clientela, que ficará mais satisfeita com mais uma forma de pagamento. 

O que você precisa analisar a fundo é se os demais pontos positivos da estratégia compensam os negativos. Essa é uma análise particular de cada empresa, pois a realidade de uma nem sempre reflete a de outra.

Ainda assim, há alguns dados interessantes do mercado que podem ajudar nessa tomada de decisão – especialmente aqueles relacionados a quem compra de você. 

Uma outra pesquisa, agora  do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), indicou que o volume de empresários que recebem o cartão de crédito como modalidade de pagamento aumentou para 56% em 2021. Os entrevistados destacaram que os principais benefícios do método de pagamento são “satisfação dos clientes” e “aumento das vendas”.

Talvez você esteja do lado dos empreendedores que decidiram não adotar o cartão como meio de recebimento por achar que as vantagens não compensam os custos. Mas, antes de recusar a maquininha de vez na sua empresa, é importante conhecer quais são esses gastos e seu real peso no orçamento.

Quanto custa vender no cartão de crédito

A primeira informação você já tem: vender no cartão gera um custo e muito provavelmente ele é maior do que qualquer outra forma de recebimento. Afinal, você precisa desembolsar com a aquisição ou aluguel da máquina, talvez mensalidade, tarifas de instalação, manutenção e taxas por transação.

Mas isso não quer dizer que esses custos são impeditivos para que a sua empresa ofereça esse meio de pagamento. Para entender quanto custa vender no cartão, vamos separar as despesas em dois grandes grupos: a escolha da máquina e as taxas aplicadas.

Custo da máquina de cartão

O mercado oferece basicamente três modelos de máquinas de cartão:

Máquina convencional: ligada à rede elétrica e telefônica, recebe cartões com chip e tarja magnética, podendo estar sobre o balcão ou ser oferecida na versão móvel. Aceita um maior número de bandeiras e pode agregar outros serviços, como recarga de celular.

Leitor conectado ao celular: depende da conexão com um smartphone para funcionar, geralmente via bluetooth, e é operado por meio de um aplicativo. É um aparelho pequeno e flexível, cabe até no bolso, mas pode apresentar problemas de compatibilidade com alguns cartões.

Máquina wi-fi (sem fio): esse tipo de aparelho se conecta à internet pelo wi-fi e também possui um chip próprio com pacote de dados, dispensando o uso do celular para efetivar a transação. Esse modelo se destaca pela mobilidade, a exemplo do leitor conectado ao celular.

Para ter uma máquina de cartão no seu estabelecimento, você pode alugar o aparelho ou adquiri-lo de forma permanente. No caso da máquina convencional, não há possibilidade de aquisição. Ela também é o único modelo que gera custos com taxas de adesão e mensalidade, que variam de acordo com a marca escolhida.

O leitor de cartão, por sua vez, costuma ser oferecido na modalidade de aquisição, sendo encontrado por valores a partir de R$ 40 e chegando a cerca de R$ 400. Após comprar o aparelho, não há taxa mensal, a não ser aquelas relativas às transações realizadas.

Algumas operadoras oferecem o leitor no formato de aluguel e, nesse caso, o custo equivale a uma mensalidade, embora não chegue à metade do valor que é cobrado no caso de uma máquina tradicional.

Já a maquininha do tipo wi-fi não possui aluguel, mas para adquiri-la é preciso desembolsar a partir de R$ 120. Alguns modelos chegam a custar mais de R$ 800, como aqueles que, além do envio do comprovante da transação via SMS, também o disponibilizam em papel.

Custos com taxas por transação

Independentemente da máquina escolhida, não há como escapar das taxas cobradas por cada transação, seja no débito, no crédito à vista ou no crédito parcelado (no curto ou longo prazo).

O valor dessas tarifas varia muito de acordo com a marca e modelos escolhidos, do plano edo número de bandeiras que aceita. Por isso, é fundamental que você busque essa informação antes de bater o martelo.

Dito isso, as porcentagens podem ir de 1,39% (no débito) até 2%. No crédito à vista,  a variação costuma ficar entre 2,09% e 3,50%. Já no pagamento parcelado, as taxas podem ser de 3,60% até 6% mais uma tarifa por cada parcela, que também varia.

Vamos a um exemplo simples para entender melhor as taxas do parcelamento: digamos que maquininha que você usa cobra 2,5% por transação mais 1% por cada parcela.

Um dos clientes que entrou na sua loja fez uma compra no valor de R$ 100 e decidiu parcelar em 3 vezes. Nesse caso, na primeira parcela será cobrada uma taxa de 2,5% e, na segunda e terceira parcelas será cobrada a taxa de 3,5% sobre o valor total da compra.

Se cada parcela custa R$ 33,33, e na primeira será debitado 2,5%, você vai pagar R$ 0,83 (de taxa) e receberá R$ 32,50.

Como você já sabe, as parcelas seguintes terão uma taxa de 1% a mais, ficando um total de 3,5% de tarifa. Assim, será debitado R$ 1,16, e você vai receber R$ 31,34 nas duas próximas parcelas.

Mas fique atento: há empresas que praticam taxas muito diferentes dessas que acabamos de citar. No caso do crédito parcelado no longo prazo, você pode se deparar com custos superiores a 13% por parcela, por exemplo. 

Atenção aos prazos de recebimento

Uma das principais desvantagens do cartão é justamente o tempo que leva entre a transação e o recebimento na conta. Quando a venda ocorre no débito, a maioria das operadoras libera o recurso em algumas horas ou até um dia útil. Já no crédito, a prática do mercado é para a disponibilização dos valores em até 31 dias.

Uma boa notícia é que, com o ingresso das fintechs (startups de tecnologia financeira) no mercado, há máquinas cujo recebimento se dá em um tempo muito menor, poucos dias depois da transação.

Mas seja qual for o prazo em questão, enquanto você não recebe, o produto que vendeu ou o serviço que prestou já estão sendo usufruídos pelo cliente e você terá novos gastos com compras para repor o estoque, por exemplo. É preciso contar com uma boa previsão de capital de giro para não deixar nenhuma fatura para trás por falta de dinheiro no caixa.

Por isso, a antecipação de recebíveis vem se tornando cada vez mais popular. Isso porque, além de ser uma forma de oferecer o cartão como meio de pagamento sem sofrer com prazos, também é interessante para o controle financeiro da empresa. 

Afinal, você terá acesso a todos os valores que serão recebidos com antecedência e não vai precisar se preocupar em atrasar alguma conta ou na reposição do estoque. 

Mas tenha cuidado, pois novas taxas são aplicadas nessa solicitação.

Devo oferecer débito, crédito ou os dois?

Nem todas as máquinas do mercado oferecem as duas modalidades de cobrança. Por isso, é importante avaliar a preferência dos seus clientes. A prática recomenda que se opte pelas duas, até mesmo porque esse é um mercado em crescimento.

Dados do Relatório da Economia Bancária, elaborado pelo Banco Central, indicam que, em 2021, 65 milhões de cidadãos (quase 40% da população adulta) fizeram o uso de cartão de crédito.

Em relação ao cartão de débito, os entrevistados do relatório sobre os meios de pagamentos dos brasileiros citaram essa como a opção de pagamento à vista que mais costumam usar (66%). Este levantamento foi realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Sebrae.

Se pegarmos os dados dessas duas pesquisas, fica claro que vender no cartão não só agrada ao consumidor como ainda é uma das formas de pagamento mais usadas. Assim, oferecer as duas opções pode ser escolha para seu negócio.

Vale a pena ou não vender no cartão?

A resposta para essa pergunta é: sim. 

Claro que é preciso levar em consideração o seu volume de vendas e o que os clientes preferem na hora do pagamento para tomar uma decisão acertada. Conhecer seu público é fundamental para tantas estratégias na empresa e, com relação à maquininha, não seria diferente.

Então, seja por meio de uma pesquisa de satisfação, questionário ou mesmo uma abordagem direta, descubra qual a necessidade de contar com o equipamento. Se muitas pessoas já perguntam se o seu estabelecimento aceita cartão, você já tem sua resposta.

É importante sempre ter em mente que oferecer mais meios de pagamento significa que você tem mais chances de negócios, pois sua empresa pode se tornar uma opção de compra para possíveis clientes que usam cartão de crédito como método de pagamento principal.  

Pense também no tipo de atividade que exerce. Se você tem um restaurante ou atua como varejista, fica muito difícil vencer a concorrência sem uma máquina de cartão, por exemplo. Nesses casos, o faturamento pode praticamente depender da disponibilidade do meio de pagamento.

Vendas no cartão

Como aceitar cartão de crédito? Primeiros passos! 

Se você viu que oferecer mais uma opção de pagamento no seu negócio vai ser benéfico, então veja quais são as principais etapas para contar com uma máquina de cartão de crédito e débito no seu estabelecimento:

  1. Pesquise qual modelo entre os disponíveis atende melhor sua necessidade;

  2. Após escolher o tipo de máquina, veja qual operadora tem as melhores taxas;

  3. Faça as contas e veja se o faturamento compensa os gastos com o aparelho;

  4. Confira se os prazos oferecidos são compatíveis com sua demanda;

  5. Confirme quais são as bandeiras aceitas e se elas atendem ao que seu cliente precisa;

  6. Verifique se o equipamento é de fácil manuseio no dia a dia;

  7. Entre em contato com a empresa escolhida e se informe sobre as exigências para adquirir ou alugar a máquina.

Depois de todas essas informações, fica mais fácil decidir começar a vender com cartão de crédito e débito na sua loja.Como vimos, essa é uma decisão bastante particular e que exige conhecer bem o cliente, para que a máquina supra uma necessidade e não seja um gasto em vão.

Mas, apesar das taxas cobradas pelas operadoras parecerem um impedimento, na maioria das vezes dar ao cliente a opção de compra no crédito é um diferencial do negócio. Por mais simples que possa parecer, essas vantagens podem ser decisivas para fidelizar o consumidor. 

Uma outra forma de conquistar o cliente é com uma opção de pagamento que não vai comprometer o limite do cartão dele. É isso que a cobrança recorrente faz: o valor da compra é dividido em parcelas, mas  a recorrência lança o valor de cada mensalidade individualmente, não o valor total da compra de uma vez só.

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