Controle Financeiro

Diferença entre preço de custo e preço de venda: como fazer uma boa precificação

Equipe Conta Azul Equipe Conta Azul | Atualizado em: 26/01/2024 | 9 mins de leitura | ← voltar

Sobre o que estamos falando?

  • Saber como calcular e as diferenças entre preço de custo e preço de venda é indispensável para precificar corretamente produtos e serviços. Do contrário, o lucro fica comprometido e outros problemas financeiros podem aparecer;
  • Considerar apenas o preço do concorrente, não considerar todos os custos e deixar de registrar o fluxo de caixa são alguns erros que prejudicam a precificação;
  • Nade de planilhas ou anotações à mão: modernize a sua empresa e gerencie o financeiro com a Conta Azul Pro, plataforma de gestão integrada para empresas online e super fácil de usar.

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Mesmo vendendo bastante e com clientes satisfeitos, o empreendedor pode estar tendo prejuízos. Ou então, deixando de ganhar  dinheiro. O motivo é simples: não entender as diferenças entre o preço de venda e preço de custo.

Sem compreender esses cálculos, você terá dificuldades em fazer uma precificação assertiva, garantindo não só o pagamento das contas, como também o próprio lucro.

Recomendamos, tanto para quem está no mercado ou começando agora, que faça a leitura deste conteúdo. Afinal, o financeiro pode ter dado sinais de que algo não vai bem, mas que ainda não foram percebidos.

Aqui, além de entender as diferenças e como calcular o preço de venda e o preço de custo, separamos também os principais erros que atrapalham a precificação. Boa leitura!

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Preço de custo e preço de venda não são a mesma coisa

O preço de custo é o valor total de gastos para produção de uma única unidade de produto ou execução de um serviço. Na prática, trata-se do valor mínimo pelo qual o produto ou serviço deve ser vendido.

O preço de venda, como o próprio nome já diz, é o valor pelo qual os produtos e serviços são comercializados. Neste caso, é considerado o preço de custo e a margem de lucro.

Para entender as diferenças entre preço de venda e preço de custo, na prática, confira no próximo item como os cálculos de cada um são realizados.

Como calcular preço de custo e venda?

Para calcular o preço de custo, basta que o empreendedor some as despesas fixas (Ex.: aluguel), variáveis (Ex: comissão de vendedores) e os impostos que incidem sobre o que é vendido.

Feito isso, basta dividir este valor pela quantidade de produtos vendidos ou serviços executados em determinado período.

Porém, lembre-se que para cada tipo de empresa e atividade, a tributação é diferente. Para indústrias optantes do Simples Nacional, por exemplo, a fórmula é:

Preço bruto + frete + seguro + informações tributárias + %IPI dividido pelas quantidades produzidas ou serviços prestados

Para fazer um cálculo assertivo, considerando os impostos corretos, consulte um contador.

Já para calcular o preço de venda, além dos gastos envolvidas na produção, o dono do negócio deve considerar a margem de lucro pretendido, cuja fórmula é:

Margem de lucro = lucro bruto / receitas totais, onde: 

  • Lucro bruto = receitas totais – custos (fixos + variáveis);
  • Receitas totais = valor obtido com as vendas no período a ser analisado;
  • Custos, sendo todos os gastos relacionados com a produção.

Caso deseje se aprofundar no assunto, confira nosso conteúdo completo sobre como calcular a margem de lucro.

Outra alternativa para calcular o preço de venda é através fórmula do markup:

Markup = 100/[100 – (CF + CV +L)], onde:

  • CF: Custos fixos
  • CV: Custos variáveis
  • L: Lucro pretendido.

Ou então por esse cálculo um pouco mais simples:

Preço de venda = Custo + despesas fixas e variáveis + margem de lucro 

Erros nesses cálculos e algumas outras falhas no setor financeiro comprometem uma boa precificação e o lucro. Confira os principais no tópico seguinte!

Aproveite também para baixar gratuitamente um modelo de planilha com fórmulas para estes cálculos.

Principais erros para evitar na hora da precificação

1. Precificar com base no concorrente

Cada concorrente tem processos e custos diferentes. Por conta disso, você não deve precificar os produtos e serviços considerando o preço oferecido por eles.

É claro que para ramo de atividade existem alguns padrões, até por conta da fiscalização. Sem esse controle, cada empresa poderia cobrar quanto quisesse e o cliente sairia prejudicado.

Portanto, fique de olho nos preços praticados pela concorrência, mas não use apenas eles como parâmetro para a precificação. Lembre-se também de focar na entrega de valor que oferece e não apenas no preço em si.

2. Não considerar todos os itens na formação do preço

Tudo que influencia na produção ou na execução de um serviço deve ser considerado para a precificação. Além disso, como falamos no tópico anterior, a sua entrega de valor também.

Se você tem um atendimento diferenciado, por exemplo, precisará contratar profissionais qualificados e este custo deve ser levado em consideração. Essa mesma linha de raciocínio deve se estender a tudo que o empreendedor incrementar na empresa para oferecer uma melhor experiência aos clientes.

Ao fazer isso, você garante diferencial competitivo e reconhecimento por parte da clientela.

3. Não entender as particularidades do seu ramo de atividade

Se você já tem uma empresa no mercado há muito tempo, talvez já conheça bem o ramo de atividade. Agora, nem sempre quem está começando entende as particularidades que envolvem outros custos além da produção.

Para evitar surpresas desagradáveis que possam impactar negativamente o financeiro, estude cada processo de produção ou execução do serviço. Considere custos extras e imprevistos.

Outra forma de mapear esses gastos é consultando profissionais com mais experiência ou especializados na área.

4. Deixar impostos de lado

Este é outro erro comum na precificação: deixar os impostos de lado compromete uma precificação assertiva e, por consequência, o lucro.

“Eu não sei todos os impostos que eu pago.”

Nem todo empreendedor sabe quais são os impostos que incidem sobre os produtos e serviços e como fazer esses cálculos. No entanto, todas as taxas precisam ser consideradas na hora de precificar.

Se você não tem esses conhecimentos, não se arrisque e procure um contador antes de montar a precificação. A Conta Azul te ajuda a encontrar este profissional: clique aqui para fazer a busca. 

5. Não calcular margem de lucro

O lucro não se resume ao dinheiro que entra na empresa, pois o empreendedor precisou gastar para produzir ou executar um serviço.

Deixar de fazer a divisão desses gastos e não calcular a margem de lucro dá a falsa impressão de que o negócio está ganhando dinheiro, quando, na verdade, pode estar no vermelho.

6. Dar descontos sem controle

Com certeza você já deve ter ouvido e atendido vários pedidos de desconto. Geralmente, o empreendedor costuma dar desconto aos:

  • Amigos e conhecidos;
  • Familiares;
  • Clientes comprando em quantidade;
  • Clientes fiéis ou então para aqueles que ficaram chateados por conta de problemas que passaram na empresa.

A questão é que não há nada de errado em oferecer descontos, desde que sigam um padrão e um percentual máximo. Isso porque, se você oferece descontos de forma descontrolada, o caixa da empresa ficará prejudicado.

Além disso, dar muitos descontos pode prejudicar o relacionamento com os demais clientes que compraram no preço “normal”.

7. Não controlar entradas e saídas de dinheiro

Sem controlar as movimentações financeiras da sua empresa, como venda, compras e o pagamento das contas, você não consegue ter clareza sobre a real situação do financeiro.

Isso porque, sem esses dados, fica difícil identificar se você está realmente tendo lucro, no vermelho ou no ponto de equilíbrio: sem dívidas, porém sem ganhos.

Portanto, se você ainda não faz o controle do seu fluxo de caixa, comece o quanto antes a registrar todas as movimentações. Analisar e comparar os períodos também é muito importante.

Calcular preço de venda e preço de custo ajuda no planejamento estratégico e no aumento de faturamento por vendas.

Controle as entradas e saídas com uma plataforma de gestão integrada

Controlar as entradas e saídas é essencial para a formação de preços. No entanto, ao tentar fazer isso de forma manual, ou seja, no papel ou em planilhas, este processo pode se tornar um pesadelo.

E, se na sua empresa o volume de vendas for alto, o desafio pode ser ainda maior. Afinal, nem sempre os colaboradores conseguirão anotar todas as entradas e saídas corretamente e em tempo hábil. O resultado é o estresse de um caixa que não bate, sem contar no tempo que você irá perder conferindo todos os lançamentos.

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