Gestão do Negócio

Melhores cidades para começar um negócio

Equipe Conta Azul Equipe Conta Azul | Atualizado em: 07/07/2023 | 6 mins de leitura | ← voltar

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Encontrar um ambiente propício para abrir uma empresa, no qual a economia está aquecida, os custos são menores e há recursos humanos de boa qualidade representa um cenário próximo do ideal. Mas como localizar esse tipo de oportunidade? Observar os resultados de uma pesquisa que relaciona as melhores cidades para empreender no Brasil pode ajudar.

As melhores cidades para empreender no Brasil

Do que você precisa para ter sucesso no seu sonho empreendedor? Uma boa ideia, um modelo de negócio bem definido, um planejamento bem elaborado, atender à necessidade de capital de giro, bons parceiros e muito trabalho (acredite nele e não na sorte) são elementos essenciais da gestão qualificada. A tudo isso, muito ajuda abrir uma empresa em um local que a receberá de braços abertos, não é mesmo?

Mas onde encontrar um cenário propício para empreender no Brasil? A pesquisa Índice de Cidades Empreendedoras (ICE 2016), da Endeavor, se propõe a responder essa questão.

Em sintonia com ferramentas internacionalmente utilizadas, a entidade de fomento ao empreendedorismo comparou 32 municípios quanto à presença de critérios importantes para a abertura e crescimento de um novo negócio. São os chamados sete pilares, que listamos a seguir:

  • Ambiente regulatório: tempo de processos, custo de impostos e complexidade tributária
  • Infraestrutura: transporte interurbano e condições urbanas
  • Mercado: desenvolvimento econômico e clientes potenciais
  • Acesso a capital: capital disponível via dívida e acesso a capital de risco
  • Inovação: inputs (saídas – recursos) e outputs (entradas – desempenho/produtos)
  • Capital humano: mão de obra básica e qualificada
  • Cultura empreendedora: potencial para empreender com alto impacto e imagem do empreendedorismo.

A partir do levantamento e análise desses critérios nas cidades avaliadas, a Endeavor chegou ao seguinte índice ICE em 2016:

Posição

Cidade

Classificação anterior

São Paulo (SP)

Florianópolis (SC)

Campinas (SP)

Joinville (SC)

Vitória (ES)

São José dos Campos (SP)

Porto Alegre (RS)

Sorocaba (SP)

15º

Maringá (PR)

11º

10º

Ribeirão Preto (SP)

12º

11º

Belo Horizonte (MG)

13º

12º

Caxias do Sul (RS)

16º

13º

Blumenau (SC)

20º

14º

Rio de Janeiro (RJ)

10º

15º

Curitiba (PR)

16º

Brasília (DF)

19º

17º

Uberlândia (MG)

18º

18º

Recife (PE)

19º

Londrina (PR)

17º

20º

Aracaju (SE)

23º

21º

Goiânia (GO)

14º

22º

Natal (RN)

25º

23º

Teresina (PI)

31º

24º

Cuiabá (MT)

28º

25º

Salvador (BA)

24º

26º

Belém (PA)

29º

27º

João Pessoa (PB)

22º

28º

Manaus (AM)

26º

29º

Fortaleza (CE)

30º

30º

São Luís (MA)

27º

31º

Campo Grande (MS)

21º

32º

Maceió (AL)

32º

A liderança por pilares

Quando a análise da pesquisa se volta individualmente a cada um dos sete pilares propostos pela Endeavor, os resultados são um pouco diferentes. Veja quem lidera neles:

  • Ambiente regulatório: Uberlândia
  • Infraestrutura: São Paulo
  • Mercado: Sorocaba
  • Acesso a capital: São Paulo
  • Inovação: São José dos Campos
  • Capital humano: Florianópolis
  • Cultura empreendedora: Natal

O que marca as cidades empreendedoras

Abaixo, relacionados cinco conclusões importantes obtidas a partir da análise da pesquisa ICE 2016, da Endeavor. Confira:

A terra da garoa e das oportunidades

São Paulo se manteve em primeiro lugar no ICE 2016 muito em razão da sua pujança. A Endeavor destaca a terra da garoa em razão de suas condições de mercado, acesso a capital e conectividade, além do fato de ser uma potência econômica.

Isso tudo repete o levantamento do ano anterior, mas a novidade agora está na percepção de que tais aspectos estão presentes em muitas das cidades do interior paulista – cinco delas aparecem entre as dez melhores colocadas no ranking, o que mostra que não apenas a capital, mas todo o estado de São Paulo é atraente aos empreendedores.

Santa Catarina bem representada

Três das maiores cidades catarinenses aparecem no ranking da Endeavor. Duas delas, inclusive, entre as quatro primeiras. É verdade que Florianópolis perdeu a liderança obtida em 2014, na primeira edição da pesquisa e viu a distância aumentar para São Paulo, mas a cidade se mantém como exemplo de planejamento.

Outro destaque vai para a manutenção da liderança no pilar Capital humano, o que se justifica principalmente pelas boas universidades e escolas de Florianópolis, que supera bastante a média nacional no número de adultos escolarizados.

O interior se destaca

A observação da ICE 2016 e de suas edições anteriores deixa claro que o interior do Brasil oferece condições cada vez mais propícias para a abertura e expansão de empresas. Dez cidades que não são capitais aparecem na relação da Endeavor, com destaque para Campinas (3ª colocada) e Joinville (4ª).

Outros municípios que merecem comentários à parte são Uberlândia (que subiu três posições e lidera entre aquelas que oferecem um melhor ambiente regulatório), Sorocaba (que saiu da sexta posição para liderar como mercado econômico) e São José dos Campos (que deu salto idêntico para ser a campeã em inovação).

Capitais na contramão

Nem todas as cidades pesquisadas têm o que comemorar. Algumas delas despencaram no índice ICE em 2016. O maior tombo foi sofrido pelo Recife, que saiu do 4º para o 18º lugar. Campo Grande (que perdeu 10 posições), Goiânia e Curitiba (que caíram sete postos) e o Rio de Janeiro (de 10º para o 14º lugar) também foram destaque negativo.

Na capital fluminense, o problema vai desde o ambiente regulatório ruim (a cidade é a última colocada nesse pilar) até condições internas complexas, o que inclui custos altos e a pior mobilidade urbana do estudo.

Inovação vence a crise

A pesquisa da Endeavor também identificou que o cenário de recessão econômica atingiu em cheio o setor empreendedor, com redução do crescimento e nos investimentos, além de impactos negativos também na educação.

Mas a crise não impediu o aumento no número de empresas exportadoras e o crescimento registrado nos negócios que envolvem Tecnologias de Informação e Comunicação, além de Economia Criativa. Segundo o estudo, isso mostra que quem conseguiu inovar e buscar o mercado externo teve resultados melhores.

Uma lição para empreendedores

Apresentamos neste artigo os principais resultados da pesquisa ICE 2016, realizada pela Endeavor em 32 cidades brasileiras. Ao empreendedor já instalado, a dica é observar o levantamento como um instrumento para reivindicar melhorias no seu ambiente. Já aqueles que desejam iniciar um negócio próprio podem consultar o material para escolher um município que ofereça as condições mais adequadas para o seu crescimento. Toda informação é válida para se aproximar do sucesso.

O que você achou da relação de melhores cidades para empreender no Brasil? Comente!

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