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Marketplace: o atalho para começar a vender pela internet

Equipe Conta Azul Equipe Conta Azul | Atualizado em: 19/03/2024 | 17 mins de leitura

Sobre o que estamos falando?

  • Marketplace é um ambiente online onde diferentes produtos ou serviços são vendidos por diversos vendedores, funcionando como uma espécie de “shopping center virtual”;
  • Conhecer este mercado e suas oportunidades é essencial para os empreendedores, já que se trata de uma excelente porta de entrada para quem deseja ter sucesso vendendo na internet e de um segmento extremamente aquecido;
  • Neste artigo, você entenderá melhor o que é um marketplace, como esse tipo de espaço funciona, seu mercado no Brasil, principais vantagens e desvantagens, diferentes tipos e melhores práticas para começar a vender neste modelo.

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Entrar em um marketplace é a forma mais prática de começar a vender pela internet hoje em dia. Basicamente, você divide espaço com outros lojistas em um grande shopping virtual e paga apenas a comissão por venda para aproveitar um sistema completo. 

Ou seja: não precisa se preocupar com desenvolvimento de site, meios de pagamento, logística de entrega e devolução, ferramentas de marketing e outros requisitos essenciais para as vendas online.

No entanto, para ter sucesso em um marketplace, é preciso se diferenciar da concorrência e vencer os desafios de um ambiente altamente competitivo. Resumimos tudo o que você precisa saber sobre o assunto neste conteúdo, veja o que abordaremos:

Gostou do tema? Então, siga a leitura e comece a vender pela internet quanto antes.

O que é marketplace?

Marketplace é uma espécie de shopping virtual, na qual vários lojistas vendem seus produtos e serviços online. Em um único ambiente, os consumidores podem comprar de diversas empresas ou pessoas físicas com o mesmo carrinho.

Para o lojista, a vantagem é ter uma estrutura pronta para cadastrar produtos e serviço, aproveitando o alto tráfego para aumentar suas vendas.

Em contrapartida, esse tipo de e-commerce cobra uma comissão pelas vendas ou um investimento inicial, funcionando como uma boa forma de começar a vender online.

Para o consumidor, é mais conveniente fazer compras com diversos parceiros em um único site, além de contar com entregas rápidas, programas de fidelidade, descontos e promoções. 

Existem marketplaces especializados em venda de produtos novos, produtos usados, serviços e vários nichos de mercado. No Brasil, são exemplos, redes como Mercado Livre, Elo7, B2W (Americanas, Submarino e Shoptime), Amazon e Magazine Luiza.

Marketplace x e-commerce

Aqui, temos uma dúvida bastante comum entre empreendedores que ingressam no meio online. Então, anote aí: todo marketplace é um e-commerce, mas nem todo e-commerce é um marketplace.

Um e-commerce pode ser qualquer loja online, que utilize um site próprio, rede social ou site de terceiros. Basta que sejam vendidos produtos ou serviços online e que exista um meio de pagamento digital.

Já o marketplace é o e-commerce que reúne várias lojas parceiras em um único lugar, cedendo os espaços para os lojistas venderem em troca de comissões.

Como funciona o marketplace

O marketplace funciona de forma muito parecida com um shopping center tradicional. A diferença é que, na maioria das vezes, os lojistas não precisam pagar um aluguel fixo pelo espaço que ocupam, apenas uma comissão pelas vendas. 

Isso porque a plataforma ganha com a variedade de produtos e serviços oferecidos, enquanto o empreendedor se beneficia dos serviços de entrega ágeis, grande número de visitantes e recursos de pagamento, devolução e divulgação.

Assim, o marketplace se torna uma relação ganha-ganha entre o e-commerce e seus parceiros. Para quem quer começar a vender pela internet, é uma das soluções mais práticas e vantajosas.

Afinal, não é preciso investir em algo próprio nem montar uma loja em e-commerces: basta entrar no marketplace, cadastrar os produtos e começar a vender. As condições variam conforme o site. 

No Mercado Livre, por exemplo, qualquer pessoa física ou jurídica pode se cadastrar gratuitamente e anunciar seus produtos no mesmo dia, pagando apenas uma comissão fixa por venda.

Já na Amazon, é preciso assinar um plano de acordo com a quantidade de produtos vendidos (individual para até 10 itens por mês e profissional acima de 10 itens por mês) e também pagar a comissão por venda. 

Em outros sites varejistas, o lojista precisa atender a alguns requisitos mínimos para ser parceiro do marketplace, dependendo do segmento. De qualquer forma, com toda a estrutura pronta, fica muito mais fácil iniciar um negócio online. 

O mercado de marketplace no Brasil 

Segundo o estudo “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, realizado pela BigDataCorp e divulgado pelo portal E-commerce Brasil, o setor de lojas virtuais segue crescendo no Brasil, acompanhado pelos marketplaces. 

Os e-commerces tiveram um aumento de 17% neste ano, chegando a mais de 1,9 milhão. Esses dados indicam que o número de lojas online presentes em pelo menos um marketplace cresceu para 61%. 

Só em janeiro de 2024, o segmento cresceu 5,3%. Foram cerca de 1,17 bilhão de visitas, o que representa o melhor número em relação aos 12 meses anteriores. A informação é de uma matéria publicada pelo portal E-commerce Brasil. 

A título de comparação, outro dado histórico é de 2022, quando os marketplaces do país somaram 1,15 bilhão de acessos, posicionando o setor como a melhor performance do varejo online do ano, segundo o Relatório Setores do E-commerce.

Vantagens e desvantagens dos marketplaces

Começar a vender na internet por meio de um marketplace tem muitas vantagens, mas também pontos que, se não receberem a devida importância, podem se transformar em desvantagens.

Vamos entender melhor?

Vantagens de optar pelo marketplace

Estes são os pontos positivos de entrar em um marketplace para vender online:

  • Ganho de visibilidade ao anunciar seus produtos e serviços em um grande e-commerce;
  • Sem trabalho para montar a loja virtual, pois o espaço já está pronto e todos os recursos de divulgação, cadastro, pagamento e logística estão inclusos no pacote;
  • Não precisa investir em segurança da informação, pois um marketplace confiável já possui sistemas de criptografia, autenticação e recursos antifraudes para proteger as transações e dados dos clientes;
  • Possibilidade de atingir públicos mais amplos e se beneficiar do tráfego mais intenso do marketplace;
  • Usufruir da reputação do marketplace e transmitir mais confiança aos consumidores;
  • Ter produtos e serviços expostos em um site totalmente otimizado para SEO (Search Engine Optimization) aumenta a visibilidade do negócio nos mecanismos de busca e ajuda os clientes a encontrarem sua empresa na internet;
  • Não é necessário se preocupar com pontos críticos do e-commerce como a velocidade de entrega e logística de devolução e troca;
  • Conta com várias estratégias de marketing, como a divulgação em diferentes canais (e-mail, redes sociais, banners, etc.), programas de fidelidade, descontos e promoções;
  • Na maioria das vezes, você não precisa investir logo de cara para começar o negócio, pois paga apenas uma comissão pelas vendas.

Obviamente, a consequência de todas essas vantagens é que o dono do negócio consegue iniciar no empreendedorismo digital com facilidade, excelente custo-benefício e grandes oportunidades de vendas. 

Desvantagens de optar pelo marketplace

Mas é claro que nem tudo são flores no mundo dos marketplaces. Veja as desvantagens de optar por esse canal:

  • Precisa pagar uma comissão por cada venda — o que pode impactar o preço final do produto ou serviço e afastar o consumidor;
  • Fica 100% dependente das estratégias e condições da empresa gestora da plataforma, que decide quais lojistas terão destaque, percentuais que serão pagos sobre as vendas e quais funcionalidades serão liberadas;
  • Ganha pelas vendas, mas perde em identidade da marca, já que os consumidores associam o produto ou serviço adquirido mais ao marketplace do que ao nome da sua empresa;
  • Fica exposto a uma forte concorrência e pode sair perdendo nas comparações de preços, qualidade e prazos realizadas pelos consumidores;
  • Não tem liberdade ou autonomia para decidir sobre o canal de venda e personalizar seu espaço comercial na internet.

Mesmo com as desvantagens, o marketplace continua sendo recomendável como canal para iniciar no e-commerce. Mas, conforme a empresa vai crescendo, esse tipo de recurso costuma ficar muito pequeno para os objetivos do negócio. 

Tipos de marketplace

Podemos categorizar os marketplaces conforme os perfis de público, segmento e tipo de operação. Confira os principais tipos existentes no mercado. 

1. Marketplace B2B

Os marketplaces B2B (Business to Business) são aqueles que fazem a ponte entre fornecedores e empresas. Eles reúnem fabricantes e prestadores de serviços B2B de acordo com o segmento, facilitando o trabalho do departamento de compras nas empresas.

A grande vantagem desse tipo de e-commerce é que o dono do negócio pode comparar preços, qualidade e prazos de entrega de diversos fornecedores e de onde estiver. Alguns exemplos de marketplaces B2B são o e-Construmarket (construção civil), Agro2Business (agronegócio) e Atacado.Moda (vestuário).

2. Marketplace B2C

O marketplace B2C (Business to Consumer) é a categoria com as maiores lojas online conhecidas no país, que vendem diretamente para o consumidor final.

A função é conectar empresas a consumidores em um ambiente que simplifica as compras e gera várias oportunidades de negócio. Alguns cases de sucesso no segmento são Americanas, Magazine Luiza e Dafiti.

3. Marketplace C2C

No marketplace C2C (Consumer to Consumer), é possível vender produtos e serviços de pessoa física para pessoa física. 

É o caso dos famosos sites para comprar produtos usados como Mercado Livre e OLX, que intermediam pagamentos e facilitam as negociações diretas entre consumidores.

Outro exemplo são marketplaces que permitem a venda de produtos artesanais e personalizados como Elo7 e brechós online como o Enjoei

4. Marketplace de nicho

O marketplace de nicho pode ser B2B, B2C ou C2C, pois sua principal característica é o foco em um segmento de mercado específico. 

Um exemplo é o site Webmotors, por exemplo, que permite o comércio de veículos B2C e C2C (vendidos por concessionárias e pessoas físicas). Também estão nessa categoria a Estante Virtual (livros novos e usados de sebos e livreiros) e Parafuzo (serviços de reparos domésticos e empresariais).

5. Marketplace bricks and clicks

O marketplace bricks and clicks é aquele que surgiu a partir de uma loja física de departamento. Aqui, novamente citamos como exemplos a Americanas.com e Magazine Luiza.

Essas lojas são basicamente grandes marketplaces offline que foram para a internet com o mesmo conceito, abrindo espaço para vários parceiros venderem. 

6. Marketplace pure player

O marketplace pure player é aquele que já nasceu 100% online, sem ter sido uma loja física anteriormente. É o caso do Mercado Livre, Netshoes e Dafiti, que sempre foram lojas digitais.

Como vender em marketplace: passo a passo

Para entrar em um marketplace, é importante conhecer esse mercado e escolher a melhor plataforma para a empresa. Confira o passo a passo para começar a vender por esse canal. 

1. Pesquise sobre os marketplaces da sua área

O primeiro passo para vender em um marketplace é conhecer as plataformas disponíveis para o segmento e modelo de negócio. Como vimos, os sites podem trabalhar com vendas B2B, B2C e C2C, e existem marketplaces voltados aos mais variados nichos de mercado.

Cabe a você encontrar o modelo ideal para o seu negócio, levando em conta o tipo de público-alvo, área de atuação e operações. Inclusive, nada impede a participação em mais de um marketplace, desde que não seja contra as regras da empresa. 

2. Verifique as condições para se tornar parceiro

Cada marketplace tem suas condições para os lojistas participantes, e é importante revisar as regras com atenção antes de fazer seu cadastro.

De modo geral, estes são os pontos que precisam ser observados:

  • Percentual de comissão cobrado por cada venda;
  • Valor inicial cobrado para entrada (a maioria é isenta);
  • Categorias de produtos e serviços listados e tipos de empresas participantes;
  • Opções de planos de acordo com volume de vendas e exposição;
  • Meios de pagamento oferecidos e recursos como antecipação de recebíveis;
  • Sistema de entrega, devolução e troca oferecido pelo marketplace;
  • Documentação exigida para o seu cadastro (em alguns casos, é preciso ter CNPJ);
  • Alcance, reputação e popularidade do marketplace;
  • Estratégias de marketing desenvolvidas para os lojistas;
  • Requisitos específicos para lojistas, como qualidade de imagens, integrações, padrões de comunicação, entre outros.

3. Avalie o tráfego e a tecnologia

Para saber se um marketplace vale a pena, você deve olhar para as estatísticas do site e recursos oferecidos ao lojista.

O Shoptime, por exemplo, divulga suas pageviews (visualizações de página), número de usuários com o app ativo, alcance de pessoas na TV, inscritos em redes sociais e outros dados que ajudam a avaliar a popularidade da plataforma. 

Já a Amazon publica histórias de sucesso de vendedores que cresceram dentro do marketplace para inspirar seus novos lojistas. Além dos números, é importante considerar os recursos de gestão de marketing, vendas e finanças oferecidos. 

Por exemplo, a tecnologia do marketplace deve ajudar o parceiro a gerenciar os pedidos, controlar o financeiro, emitir notas fiscais e acompanhar dados como produtos mais vendidos e histórico dos clientes. 

4. Faça o cadastro no marketplace

Com todos os critérios observados, o próximo passo é fazer seu cadastro no marketplace escolhido.

Dependendo do espaço escolhido, são exigidos apenas alguns dados pessoais e o nome da loja, mas também há sites que solicitam documentos de empresas como CNPJ, contrato social e comprovante de conta bancária. 

Não esqueça de aceitar os termos de adesão e assinar um contrato digital, além disso, a leitura das cláusulas é indispensável. 

5. Anuncie seus produtos e serviços

Após entrar no marketplace e ter sua conta validada, é hora de cadastrar seus produtos e serviços para começar a vender quanto antes. 

Para isso, você terá que informar dados como título, descrição, preço, frete e subir uma foto de boa qualidade de cada item do portfólio. Quem já tem um e-commerce, muitas vezes é possível importar dados do próprio site para poupar tempo. 

6. Escolha o método de envio

A maioria dos marketplaces oferece um serviço de envio próprio de produtos que facilita muito a vida do lojista. 

Tudo o que você terá que fazer é postar o item nos Correios ou entregar à transportadora responsável, deixando que a plataforma cuide do resto (incluindo troca e devolução). Mas, é essencial fazer sua parte e preparar rapidamente os produtos para envio, além de certificar-se de que o custo do serviço vale a pena.

7. Invista na sua reputação

O segredo para ter sucesso dentro de um marketplace é investir na sua reputação para se destacar dos concorrentes.

Geralmente, os melhores vendedores vão acumulando avaliações positivas e têm diversas vantagens na divulgação. Então, o ideal é garantir um atendimento de qualidade e entregar os produtos sempre no prazo para os clientes. 

Principais desafios em marketplaces

Vender por um marketplace é uma missão que tem vários desafios. Por isso, listamos os principais que você pode enfrentar, acompanhe:

  • Perda de competitividade nos preços com o repasse do valor da comissão aos consumidores;
  • Dificuldade em consolidar a marca por estar associada à plataforma;
  • Dificuldade em mapear custos e fazer a precificação correta;
  • Necessidade de se diferenciar dos concorrentes devido à proximidade dentro do marketplace;
  • Dificuldade em conciliar as vendas do marketplace com as do e-commerce próprio;
  • Obstáculos técnicos e contratuais para divulgar seus produtos e serviços e atingir públicos mais amplos. 

Principais marketplaces no Brasil

Já vimos vários exemplos de marketplaces ao longo do texto, mas separamos mais alguns para ajudar na sua busca. Acompanhe a relação por segmento:

  • Produtos novos: Ponto Frio, Fast Shop, Carrefour, Extra.com.br, Submarino, Lojas Americanas, Sou Barato, ShopTime, Magalu, Shopee, Shein, Casas Bahia e Amazon Brasil;
  • Produtos usados: eBay, Olist, Enjoei e Ficou Pequeno;
  • Produtos novos e usados: Mercado Livre, OLX e AliExpress;
  • Serviços: GetNinjas, Triider, 99 Jobs, DogHero, Boobam, oHub, Ifood e Uber;
  • Nichos específicos: Kanui, Tricae, Mobly e Centauro;
  • Redes sociais: Facebook Marketplace e Instagram Shopping.

Para se ter ideia, as 10 maiores lojas virtuais do Brasil são responsáveis por cerca de 49,7% de toda a audiência do e-commerce no país, sendo que as 9 primeiras colocadas são marketplaces. Os dados são de uma pesquisa divulgada pelo portal Conversion. 

Assim, além de conhecer os exemplos de marketplaces populares que apresentamos logo acima, também vale a pena ficar por dentro dos marketplaces que lideram o ranking e sua participação no mercado nacional. São eles: 

  1. Mercado Livre: 13,6%;
  2. Amazon Brasil: 7,7%;
  3. Shopee: 6,8%;
  4. Magalu: 5,3%;
  5. OLX: 4,9%;
  6. Shein: 2,6%;
  7. AliExpress: 2,4%;
  8. Ifood: 2,3%;
  9. Marketplace Casas Bahia: 2,2%.

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Agora, você sabe tudo sobre marketplaces e pode começar a vender na internet com mais praticidade e custos acessíveis. 

O caminho ideal é começar com uma dessas plataformas, evoluir para um sistema de e-commerce e um dia ter seu próprio site feito sob medida. Em qualquer uma dessas etapas, conte com o ERP da Conta Azul para apoiar a gestão online de forma descomplicada.

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